A EURAO surge com a finalidade de agrupar todo o movimento associativo de radioamadorismo, que existe e funciona fora da IARU, em toda a Europa, designadamente em Portugal e Espanha.
Presentemente, as associações filiadas da IARU, em virtude da sua inconstitucionalidade, representam apenas uma pequena percentagem dos titulares do serviço de amador em toda a Europa, onde as constituições nacionais e europeia proíbem o monopólio e o oligopólio (agentes e delegações do monopólio). Considerando que nem a IARU nem as associações nela filiadas, são do ponto de vista estatutário, organismos federativos e ou confederativos, salvo alguns casos pontuais, como a França.
Numa fase inicial, subscreveram o projecto de fundação, constituindo uma Comissão, as seguintes organizações europeias e mediterrânicas: a Union des Radio-Clubs et des Radioamateurs, pela França, o Centro Italiano di Sperimentazione ed Attività Radiantistiche, pela Itália, a Federación Digital EA pela Espanha, e ao que se deverão seguir Portugal, com o recente projecto do movimento cívico, criado a partir da Plataforma Nacional das Associações de Radioamadorismo, este é desde logo, um tema em debate, em Portugal e Espanha.
Temos de considerar que foram um longo percurso de 35 anos de exclusão, e mais grave, de um profundo autismo civilizacional e cultural. Uma situação de exclusão, que impera baseada num mero negócio, o do QSL, e não nos interesses comuns e estruturantes do próprio Radioamadorismo e da sua multidisciplinaridade. Onde a própria IARU se auto-restringiu ao amador de radiocomunicações de HF, deixando que todas as modernas disciplinas e tecnologias do Radioamadorismo do pós 1980, estejam a ser promovidas e desenvolvidas fora da sua estrutura e mais grave, fora das sociedade que a compõem, e que com ela nasceram no primeiro quarto do século passado. Excluindo o pluralismo e a diversidade cultural e cientifica do Amador de Rádio e do Radioamadorismo contemporâneo, o do século XXI.
Portugal seguramente que fará parte da EURAO, e acompanhará o movimento europeu.
Tal como em Portugal, na Europa, a média de amadores não filiados na IARU é de 60%, são os cidadãos livres, os organismos democráticos, que não pertencem ou que não se subordinam, às imposições antidemocráticas, impostas por algumas das sociedades filiadas na IARU. No caso de Portugal, no continente e nas regiões autónomas, apenas cerca de 13 a 15 % estão filiados ou contribuem para a IARU. Todavia a situação em toda a Europa é similar, a IARU pelo facto de não se actualizar, e manter no centro das suas actividades, não a interdisciplinaridade e a criação de um organismo confederativo mundial, suporta apenas o negócio do postal de QSL e dos diplomas e troféus, o grande motor económico da IARU.
Sem entrarmos em grandes rácios, e segundo dados dos nossos colegas europeus, a verdade é que no caso da Europa, se encontram situações iguais quer em Espanha, onde 64% dos amadores licenciados está fora da IARU, na Itália são 65%, na França 61%, em Portugal deverão ser mais de 87%, e no Reino Unido são 65%, sendo menor o rácio na Alemanha, de apenas 45%, considerando que a DARC é uma organização culturalmente multidisciplinar e tecnologicamente muito avançada, onde há lugar à diferença cultural, o que não corre nem em Portugal, nem na generalidade dos países mediterrânicos.
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